Está frio.
Sinto-o assim que abro a porta para sair.
Não tenho sono, perdi-o algures durante a noite.
Já não me lembrava do que era não ter vontade
de ir para a cama, precisar de sair.
Está frio, mas é exactamente do que preciso.
Saio.
Caminho por entre a névoa,
sentindo a humidade entranhar-se.
De repente noto que já não piso o cimento.
Sinto os pés enterrarem-se na areia.
Dou mais alguns passos e sento-me.
A névoa impede-me de ver,
mas ouço perfeitamente o ribombar das ondas
a rebentarem no areal.
Fecho os olhos, respiro fundo e deixo-me ir...
quarta-feira, janeiro 23
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2 comentários:
'Já não me lembrava do que era não ter vontade de ir para a cama (...)'
Felizmente, eu não me lembro :)
Não que me deite cedo, como vês, mas sempre a cair de sono...
Deixo um beixu de boa noite de (in)Sónia - EU :)
Ir...ao sabor da maré...
Da brisa que emana os seus sons aos nossos ouvidos
Do vento que nos acaricia a face...
Se entranha pelo corpo adentro...
Também me deixei ir...
Sentada na areia...
(*)
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